Foi anunciado pelas autoridades militares francesas, o lançamento no passado dia 12 de Julho (segunda-feira) o lançamento de um míssil balístico intercontinental do tipo M-51 a partir dos silos do submarino nuclear Le Terrible, o último dos quatro submarinos nucleares lançadores de mísseis balísticos da classe «Le Triomphant».
O lançamento torna oficial a capacidade dos submarinos daquela classe para lançar o mais recente dos mísseis nucleares franceses e confirma que o programa de desenvolvimento dos mísseis e da sua instalação na nova plataforma submarina está a decorrer como esperado.
O míssil M-51 é o mais recente dos mísseis nucleares balísticos da França e o Le Terrible é o primeiro submarino a dispor de capacidade para o lançar.
O sistema, coloca pela primeira vez a França ao mesmo nível da Grã Bretanha, o outro país europeu que possui armamento nuclear, mas que optou por um programa em cooperação com os norte-americanos, que resultou na instalação de mísseis Trident -II a bordo dos submarinos da Royal Navy.
Ao contrário da Grã Bretanha, a França possui um programa de desenvolvimento de armas nucleares próprio, por decisão do governo do país, especialmente influenciado pelas posições do general De Gaulle nos anos 60.
Como resultado, a França manteve uma capacidade de dissuasão estratégica independente, mas em contrapartida manteve sempre um atraso tecnológico de mais de uma década relativamente aos norte-americanos e aos britânicos.
Os mísseis M-51 que a França começa agora a incorporar são da mesma geração dos Trident-II (D-5) que os Estados Unidos colocaram em serviço em 1990 e que a Grã Bretanha colocou ao serviço em 1995.
Com o M-51 a França passa pela primeira vez a dispor de um míssil com capacidade para transportar 10 ogivas nucleares TN-75 com uma potência de 110kt cada uma (o anterior M-45 tinha capacidade para seis). O alcance do sistema é estimado entre 9.000 e 11.000 dependendo do numero de ogivas e do tipo de ogivas que podem ser transportadas.
Os restantes três submarinos franceses da classe Le Triomphant, deverão ser convertidos para utilização do novo míssil.
Como com o caso dos mísseis Trident-II da Grã Bretanha, os mísseis franceses deverão transportar um numero limitado de ogivas.
Fonte: http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?NrNot=930
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