em 20 de Julho de 2012.
Foto: Voz da Rússia.
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A Rússia
prontifica-se a lançar uma proposta revolucionária na área de
transferência de tecnologias, devendo apresentar a iniciativa detalhada
na próxima cúpula do APEC (Fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do
Pacífico) que terá lugar em Vladivostok.
Sabe-se que o sistema da troca de inovações tecnológicas assentará em princípios vigentes no comércio internacional.
No próximo
encontro cimeiro do APEC, a Rússia dará a conhecer os assim chamados
princípios de Vladivostok que esclarecem a iniciativa visando a
introdução de padrões internacionais relativos à transferência de
tecnologias. O processo em causa tem sido dificultado pelo facto de as
empresas, em cada caso concreto, se verem obrigadas a preparar, a partir
do zero, acordos que protejam os direitos de ambas as partes
contratantes. A Rússia propõe promulgar os padrões básicos de tais
acordos para que as partes possam acrescentar alguns pontos individuais e
prosseguir a cooperação. Há já muito que os especialistas russos se
empenham em elaboração de tais princípios básicos, assinala o
vice-reitor da Universidade Federal do Extremo Oriente Alexander
Abramov.
“A
Universidade Federal do Extremo Oriente lançou reiteradas iniciativas,
uma das quais aponta para a instituição na Ilha Russky de um Centro do
Comércio Internacional que se dedique à transferência de tecnologias.
Não é segredo que a transferência de tecnologias constitui um dos
maiores problemas para o desempenho econômico dos países do APEC, que
integra as economias desenvolvidas e emergentes e pressupõe um
intercâmbio de experiências”.
Os Estados-
membros do APEC têm estudado a iniciativa da Rússia na esperança de que
lhes sejam dados pormenores da mesma. O perito Viatcheslav Amirov
comenta:
“Um único
obstáculo que pode surgir no processo de criação de Centros de
Transferência reside na propriedade privada de corporações que se mantêm
renitentes na propagação de tecnologias fora das suas competências.
Normalmente, dentro da cadeia de produção se criam empresas em mercados
novos, sendo-lhes transferidas as tecnologias no âmbito da luta
concorrencial. No entanto, se forem instituídos Centros polivalentes até
nos quadros de parques industriais, será possível proceder à troca de
tecnologias nos marcos de tais organismos produtivos funcionais”.
Na
simplificação do procedimento de transferência de tecnologias estão
interessados todos sem exceção. Os países emergentes terão acesso a
inovações que façam acelerar o seu crescimento. Enquanto isso, as
potências dispostas a vender a propriedade intelectual poderão aumentar
suas receitas. Além disso, a troca livre de tecnologias ajudará a
sincronizar e acelerar o desenvolvimento da região, estreitando a
cooperação entre os Estados.
Fonte: Voz da Rússia
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