Publicado por dinamicaglobal.wordpress.com em 4 de Julho de 2012.
A CIA
coordena o fornecimento de armas e munições para as forças de oposição
síria. O fato foi confirmado por fontes de informação na Administração
dos EUA. Compete aos agentes especiais, que se encontram no sul da
Turquia perto da fronteira com a Síria, determinar respectivos
destinatários.
Funcionários
da CIA autorizam vendas aos grupos armados em oposição ao regime de
Bashar Assad. Na seqüência disso, nas mãos dos rebeldes vêm parando
armas automáticas, lança-granadas, munições e meios de luta antitanque.
Os armamentos são transportados através da fronteira pelos grupos de
intermediários compostos de “irmãos muçulmanos”. E as despesas com a
venda são assumidas pela Turquia, Arábia Saudita e Catar.
Os agentes
norte-americanos têm de impedir, contudo, casos de venda aos militantes
da Al-Qaeda. Enquanto isso, a intensificação de incursões da oposição
síria se deve, em considerável medida, ao apoio prestado por este grupo
terrorista. Os massacres praticados em Homs, nos finais de maio, e em
Hama, em princípios de junho, permitem aos peritos traçar paralelos com a
tática de ações escolhida pela Al-Qaeda.
O fato de a
CIA coordenar a venda de armas à oposição síria é bem conhecido. Agora,
depois de confirmado ao nível mais alto, passou a constituir um dos
elementos da campanha contra o Presidente Assad, opina o perito russo em
questões do Médio Oriente, Evgueni Satanovski.
“Os
combatentes líbios se deslocam à Síria através da Turquia e Jordânia
usando o dinheiro concedido por Catar. O fluxo de armas, inclusive o
proveniente dos Balcãs, segue para a Síria mediante a Turquia, o Líbano,
a Jordânia e o Iraque, sendo financiado pela Arábia Saudita. Por meio
da mídia, o Ocidente tem desencadeado uma guerra ideológica, alegando um
imperativo de derrubar o regime de Bashar Assad. Tal estratégia
continua a ser dominante. Claro que para a Doha e Riade a liquidação de
Assad faz uma parte integrante da campanha da luta contra o Irã e, ao
mesmo tempo, contra shiitas e regimes laicos no mundo árabe em geral.”
As fontes
de informação citadas dão conta da possibilidade de serem transmitidos,
por via satélite aos rebeldes sírios, certos dados sobre os locais de
estacionamento e a deslocação das tropas governamentais.
Não foi por
acaso, pois, que o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, fizesse
alusões a uma situação em que o Ocidente e algumas monarquias do Golfo
participavam na campanha de derrubamento do regime de Kadhafi na Líbia.
Fez lembrar como, naquela altura, perante o embargo para a venda de
armas aos conflitantes, a França reconheceu o fato de fornecer armas
para os rebeldes líbios. Semelhante confissão foi feita pelos países do
Golfo Pérsico.
Agora a
situação se repete na Síria. Neste contexto, Lavrov se mostrou duvidoso
quanto à possibilidade de o Ocidente e os países do Médio Oriente
poderem respeitar o embargo introduzido em relação às partes em conflito
na Síria. Caso contrário, porém, será impossível regularizar a crise. É
evidente que se as armas não forem enviadas para o regime
inconveniente, sendo fornecidas, em simultâneo, aos rebeldes apesar do
embargo, a situação criada poderá resultar em uma guerra civil. É
precisamente isso que acontece agora na Síria.
Fonte: Voz da Rússia
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