Publicado por dinamicaglobal.wordpress.com em 5 de Julho de 2012.
Os países
da OTAN estão a levar a cabo uma guerra de informação contra a Síria e,
por vezes, eliminam fisicamente jornalistas sírios. Tal foi afirmado
pelo jornalista françês e diretor do portal de informação independente
Voltaire, Thierry Meyssen, que deu uma entrevista à Voz da Rússia.
”Os EUA e a
OTAN organizam sistematicamente a destruição da mídia indesejável. Eles
são os piores inimigos da liberdade de expressão. Isso já aconteceu na
Iugoslávia, no Afeganistão, no Iraque e na Líbia.
Leia também: Em entrevista líder Sírio Bashar al-Assad afirma: “Fui castigado pela amizade com a Rússia”.
Nos últimos
meses, a CIA criou vários canais televisivos para substituir os canais
nacionais sírios. Foram montadas cenas fictícias, filmadas em estúdios e
que se destinavam a desmoralizar completamente a população do país. O
embuste foi descoberto e a informação sobre o sucedido circulou em
centenas de sites de internet e na mídia. Como consequência, a empresa
de telecomunicações por satélite MilSat se recusou a desligar o satélite
dos canais sírios e a Liga dos Estados Árabes foi obrigada a se abster
de agir em conjunto com o operador de satélites ARABSAT. Entretanto, o
ministro russo das Relações exteriores, Serguei Lavrov incluiu na agenda
de trabalho do grupo de contacto para a Síria um ponto sobre o abandono
do recurso à guerra de informação pelas partes em confronto.
A OTAN
decidiu retaliar e foi enviado um comando contra a estação televisiva
síria, situada a vários quilômetros de Damasco. Só lá estavam quatro
guardas e os comandos, equipados com aparelhos de visão noturna,
introduziram-se no edifício, mataram os guardas e executaram no local
três pivôs dos noticiários. Depois disso, eles fizeram explodir os
edifícios. Já há 20 anos que a OTAN e os EUA utilizam essa tática. E são
as mesmas pessoas que se apresentam como defensores da liberdade de
expressão! O mundo está de pernas para o ar! Os jornalistas não podem
trabalhar! Se um país não tem os meios de autodefesa adequados, qualquer
um de nós está em perigo.”
Durante os
primeiros 6 meses do corrente ano, morreram 72 jornalistas no mundo,
refere o relatório da organização não-governamental Press Emblem
Campaign com sede em Genebra. Esse número é superior em um terço aos
indicadores do ano passado. O primeiro lugar nessa lista trágica é
ocupado pela Síria, onde desde o início do ano foram mortos 20
jornalistas.
Fonte: Voz da Rússia
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