Publicado por dinamicaglobal.wordpress.com em 6 de Julho de 2012.
A Força
Aérea da Índia vai receber em 2014 o míssil supersônico BrahMos de
fabricação russo-indiano segundo informação divulgada durante os trabalhos
do fórum internacional Tecnologias na Indústria Mecânica–2012 (TIM)
realizado na cidade de Jukovsky, nos arredores de Moscou.
Prevê-se
armar com os mísseis BrahMos mais de 40 caças Su-30 MKI da Força Aérea
indiana. Esses mísseis potentes são um bom exemplo do sucesso da
cooperação técnico-militar entre os dois países que já se desenvolve de
diferentes formas há muitos anos. A Rússia está aberta a uma cooperação
alargada com os fabricantes estrangeiros de armamentos, afirmou no forum
TIM-2012 Alexander Fomin, diretor do Serviço Federal de Cooperação
Técnico-Militar:
“Estamos
prontos a realizar diversas iniciativas de cooperação. Temos excelentes
exemplos de cooperação com muitos países europeus como a Itália, a
Alemanha e a França, assim como com a China, a Índia e Israel. Queremos
reforçar esses laços mutuamente vantajosos para o nosso próprio
desenvolvimento e assimilação tecnológica quando necessário. Nesse
aspeto a Rússia é um país aberto.”
Claro que
os clientes estrangeiros aumentam as exigências relativamente aos
artigos militares de exportação, por isso a indústria que fabrica esses
produtos não pode estagnar. Por exemplo, a fábrica Zverev de Krasnogorsk
fabrica instrumentos óticos de alta tecnologia para a modernização dos
modelos de carros blindados existentes, como nos conta Yuri Abramov,
vice-diretor-geral da empresa:
“Até 40% da
nossa produção é exportada. Os nossos parceiros, tendo já adquirido
tanques russos, modernizam-nos com produtos da fábrica de Krasnogorsk.
Aqui na exposição, nós demonstramos dois aparelhos para modernização dos
tanques T-90 e T-80. Mostramos o conjunto de comando combinado de
pontaria e observação. Ele melhora consideravelmente as características
do análogo existente em distância de tiro parado e em marcha.”
O material
militar russo presente no fórum TIM despertou um assinalável interesse
das delegações internacionais de diversos países de África, da Ásia e da
América Latina. Não é de admirar, pois os gigantes presentes na
exposição estática, como por exemplo o complexo de artilharia e mísseis
Pantsir-S1, desafiam a imaginação. A Rússia continua a liderar no
mercado mundial de armamentos. Os volumes da exportação estão em
crescimento constante, tanto em números absolutos, como em unidades,
sublinhou Alexander Fomin:
“Atualmente
as nossas exportações, de acordo com os resultados do ano passado, foi
superior a 13,5 bilhões de dólares. Nós trabalhamos com parceiros de
sete dezenas de países. Os mais importantes são a Índia, a China, o
Vietnã e outros países da região da Ásia e Pacífico, países do Oriente
Médio, da América Latina, dos quais, é claro, a Venezuela, o Brasil e o
Perú. Parceiros novos que angariámos nos últimos anos são a Argentina, o
Brunei e o Butão. Também estamos a reforçar as relações
tecnico-militares com o Mianmar (Birmânia).”
Em 2012, a
Rússia planeia superar o indicador de exportação de armamentos do ano
passado que foi superior a 13 bilhões de dólares.
Fonte: Voz da Rússia
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