Publicado por dinamicaglobal.wordpress.com em 10 de Julho de 2012.
Tudo aponta
para que a Tailândia se junte à lista dos países da região da Ásia e do
Pacífico (RAP) onde as tropas americanas têm bases permanentes.
Trata-se do aeroporto de Utapao, situado na base principal da Marinha
Real tailandesa.
A NASA
tenciona transformar Utapao na base aérea do seu programa meteorológico
regional. Esses planos foram anunciados pelo secretário de Estado da
Defesa dos EUA Leon Panetta em Singapura na conferência regional de
segurança, onde também declarou, pela primeira vez, que até 2020
sessenta por cento dos navios de combate e outras forças navais
americanas serão transferidos para a RAP. Os observadores ligaram
imediatamente esse reposicionamento à intenção do Pentágono em
pressionar a China e igualar o seu crescente potencial militar.
Segundo
declarou anonimamente um dos professores principais da Academia de
Estado Maior da Tailândia, Bangcoque não poderá deixar de se preocupar
com a reação da China aos vôos americanos no Sudeste Asiático a partir
da base aérea tailandesa. É muito provável que a China possa desconfiar
da existência de uma componente de espionagem ao abrigo do programa
meteorológico dos EUA.
Essa
suposição não está desprovida de fundamentos, tanto mais que em Utanao
já existe uma pequena empresa norte-americana que está subcontratada
pelo Pentágono e que abastece os aviões da força aérea e os navios da
marinha dos EUA que transportam militares e cargas para o Afeganistão e
para o Iraque. Existem também dados sobre o setor da base de Utapao ter
sido utilizado pelos aviões-fantasma que transportavam para os EUA e
para a base de Guantánamo em Cuba cidadãos estrangeiros detidos sob
alegadas acusações de terrorismo.
Além disso,
os EUA tentam obter da Tailândia a organização da observação aérea
conjunta da deslocação de mercadorias e cargas militares do Oriente
Médio para o Oceano Pacífico, que é a artéria principal do comércio da
China com muitos países de Ásia e África. Esta é a opinião de Andrei
Volodin, diretor do Centro de Estudos Orientais da Academia Diplomática
do MRE da Rússia:
“Os EUA
estão seriamente preocupados com o crescente potencial geoeconômico da
China, que poderá transformar-se numa influência político-militar, por
isso eles tentam reanimar o sistema de ligações que existia nos anos da
guerra fria. A questão é a seguinte: ou os EUA conseguem repetir a sua
estratégia de contenção do comunismo, neste caso da China nas novas
condições, ou terão de realizar essa estratégia com métodos de
compromisso.”
Tudo indica
que a segunda variante é inaceitável para os EUA. Eles também têm
planos para regressar à base aérea de Cam Ranh no Vietnã que abandonaram
depois da derrota na guerra da Indochina, assim como à sua antiga base
de Subic Bay nas Filipinas. Os peritos acreditam que a presença de
militares norte-americanos nessas bases será uma realidade no futuro
próximo.
Fonte: Voz da Rússia
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