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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Rússia inicia privatização das empresas do setor militar.

Complexo Pantsir S1 SA-22 GALGO.
 O Estado russo dará luz verde para a nova privatização de varias companhias chave do setor de Defesa.

 “Seria oportuno iniciar a privatização da Corporação Unificada de Construções Navais da Rússia (OSK, nas siglas russas) em 2014”, anunciou Roman Trotsenko, presidente da empresa.

Estaleiros públicos e privados

 Os planos de privatizar a OSK, que se anunciaram já em 2011, estabelecem que até 2017 o Estado deve vender a metade menos um das ações dessa empresa, sendo  titular majoritário. Previa-se que de 12% a 20% das ações públicas podem ser vendidas entre 2013 e 2014.

 Agora o processo foi adiado, mas parece curiosa a retórica dos dirigentes da OSK no tocante à privatização. “A nós parece que seria necessário não começar com o pacote, mas com o bloco majoritário de ações”, comentou Román Trotsenko.

 Um bloco supõe o 25% das ações. Isto quer dizer que além da informação sobre a venda dos 12% ou 20% das ações públicas e a versão anunciada por Trotsenko, existiam outros planos de privatização mais amplos da empresa que não vieram à luz pública?

 Em maio de 2011, o consórcio Helicópteros de Rússia se negou a participar no processo de privatização. Segundo a versão oficial, a venda acordada de 25% das ações foi cancelada “devido a instabilidade dos mercados de ações e uma baixa avaliação dos ativos do consórcio por potenciais investidores”.

 O Governo russo considera que os ingressos da privatização dos ativos públicos pode reduzir o déficit orçamentário nas condições do aumento de gastos militares e sociais entre 2011 e 2012.

Privatização do setor de Defesa

 Na década de noventa, a situação setor público foi muito contraditória. As empresas estatais federais unitárias coexistiam com os negócios privatizados no setor de Defesa.

 As companhas estatais criadas pelas pressões do lobby de seus dirigentes, por exemplo, a empresa aeronáutica russa Sukhoi, se encontrava em uma posição intermédia.

 Entre 1991 e 1992, os dirigentes do país não aceitaram que a privatização na Rússia se completasse em várias etapas, com a integração vertical de corporações estatais e sua subsequente privatização parcial no mercado aberto.

 O grupo de reformistas sentiu uma ameaça política proveniente dos diretores das empresas industriais soviéticas e fez todo o possível para debilitar-los. Por fim, durante a privatização se desintegraram as corporações e vínculos econômicos que existiam na cooperação industrial.

 Nos anos noventa, por um lado, se privatizaram as maiores empresas de exportação gerenciadas por executivos profissionais. Podemos citar como exemplo a empresa Irkut (forma parte da Corporação Aeronáutica Unificada), a produtora de motores para aviação, Saturn, etc.

 Por outro lado, se privatizaram pequenas empresas do setor de Defesa, aquelas que não dispunham de um forte lobby nem mantinham a cooperação com os maiores exportadores.

 A maior parte deste grupo de empresas incluídas fabricantes de peças que ficaram sem encomendas, ou institutos científicos que representam pouco interesse para os principais fabricantes, mas tinham um bom time que podia ser vendido ou escritórios e armazéns que podiam ser alugados.

O Estado restabelece o controle sobre o setor de Defesa

 Nos anos 2000 se observou uma tendência para a centralização do poder. Se iniciou o processo de restabelecimento das corporações em vários setores.

 Na industria de Defesa se produziu uma gama de experimentos condenados ao fracasso. Por exemplo, surgiu a ideia de unir os fabricantes de aviões com os fabricantes de helicópteros e depois dividi-los em duas “super-corporações” para promover a concorrência. Mas  nesse momento não se propôs métodos para gerir ambas empresas. Ao final se elaborou uma concepção geral, conforme a qual cada setor pode contar com só uma corporação estatal que, na medida do possível, deve concentrar a maioria dos ativos do setor, independentemente de seu status atual.

 Partindo desta concepção, apareceu a Corporação Aeronáutica Unificada, a Corporação Unificada de Construções Navais da Rússia, a Corporação Unificada de Construção de Motores, o consórcio Helicópteros da Rússia, a corporação Mísseis táticos, o consórcio Almaz-Antei que desenvolve sistemas de defesa antiaérea e anti-misseis, etc.

 As empresas privadas, incapazes de competir com as corporações estatais, se viram obrigadas a aderir a estas. Por exemplo, a empresa Irkut se uniu à Corporação Aeronáutica Unificada, enquanto que a fábrica privada Rosvertol que construía helicópteros Мi 24/35, Мi 28Н e Мi 26 atualmente faz parte do consórcio Helicópteros da Rússia.

 Em vários casos, o Estado teve que romper a resistência dos acionistas para restabelecer o controle sobre as empresas privadas. Em outros casos, desempenhou um papel estabilizador de todo o setor.

Começa uma nova privatização?

 O Governo russo não tem objetivado para sempre o monopólio do controle sobre a gestão dessas entidades. Passada uma década dos experimentos, as autoridades elegeram o modelo proposto para o setor da construção de máquinas dos últimos anos de existência da URSS.

 Trata-se da integração vertical de corporações estatais que ficaram sob controle formal do Estado durante um longo período.

 Pode assim começar a privatização das empresas que tem contratos firmados no quadro do Programa de Pedidos Estatais e não têm duvidas: por exemplo, o consórcio Helicópteros da Rússia, que mostra um bom ritmo de crescimento de todas as carteiras de pedidos para a fabricação de aparelhos para o uso militar e civil, para a exportação e para o uso interno. Esta empresa é uma das primeiras candidatas à privatização.

 Enquanto isso, o setor de Defesa dispõe de um grande volume de ativos em mal estado, tanto no âmbito financeiro como tecnológico e administrativo.

 As corporações estatais cuja missão é controlar os anunciados ativos – a corporação Rostechnologii (Tecnologías da Rússia) e o consórcio Oboronprom que faz parte da  mesma -,  não começou ainda a cooperar com várias empresas, centrando a atenção nas áreas mais desenvolvidas e importantes, onde foi suficiente aplicar poucos esforços para alcançar o resultado necessário.

 Sendo assim, muito tempo passará até que se consiga que todas as empresas do setor de Defesa sejam eficazes no mercado.  Nas condições de um déficit orçamentário do Estado russo, que é o principal acionista destas empresas, o processo de saneamento pode adiar-se ainda mais no caso de ser substituído pelas vendas de blocos de ações das corporações que já são eficaces.

Autor: Konstantin Bogdánov

Fonte: http://sp.rian.ru/opinion_analysis/20120124/152534456.html

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