Publicado por dinamicaglobal.wordpress.com em 27 de abril de 2012.
Em 2012, a 
base aérea de Tchernigovka, no Estremo Oriente da Rússia, será 
completamente reequipada. Os helicópteros antiquados Mi-8 e Mi-24 serão 
substituídos por novas máquinas Mi-8AMTSh e Ka-52. Inicialmente 
destinado para apoio das tropas especiais, o Ka-52 se torna um 
helicóptero de combate básico.
Os planos 
de começar a produção de série dos Ka-52 foram anunciados ainda em 2006,
 mas, na altura, esta máquina foi considerada como helicóptero futuro de
 apoio de destacamentos especiais, prevendo-se que no quadro da 
modernização a aviação militar russa receberá 70-80 Ka-52 dos 300 
helicópteros de combate previstos. A maioria deveria ser constituída por
 Mi-28N.
Hoje em 
dia, a situação mudou. Na totalidade, a aviação militar da Força Aérea e
 da Marinha receberá cerca de 400 helicópteros de combate até 2020, dos 
quais já foram fornecidos 80-90 máquinas. Ao mesmo tempo, até hoje já 
estão encomendados cerca de 100 helicópteros Mi-28N, cerca de 50 Mi-35 
(variante modernizada do Mi-24) e 140 Ka-52 para a aviação das tropas 
terrestres. 
Uma vez que para a aviação naval está previsto também 
comprar 80 helicópteros Ka-52, o número total destas máquinas irá 
superar 200 unidades e, deste modo, mesmo levando em conta futuras 
encomendas de Mi-28, os helicópteros Ka-52 não lhe cederão em número.
As 
discussões sobre as máquinas que deveriam ser no futuro a base de 
destacamentos de helicópteros de combate nas tropas terrestres começaram
 em 1982, ainda nos tempos soviéticos, antes dos primeiros voos dos Mi-8
 e Ka-50.
As opiniões
 dividiam-se, mas no fim dos anos 80 a preferência foi dada ao 
helicóptero desenvolvido pelo Gabinete de Projeção Kamov. A seguir, 
houve a desintegração da União Soviética, tendo a renovação do parque de
 aviação das tropas terrestres sido adiada. Alguns anos antes do fim da 
URSS, o Gabinete de Projeção Mil demostrou um helicóptero aperfeiçoado 
Mi-28, com um sistema de apontamento e navegação desenvolvido, e começou
 a desenvolver o Mi-28N, helicóptero de combate capaz de voar em 
quaisquer condições climatéricas, que superava a máquina da Kamov pelas 
possibilidades de equipamentos.
Por seu 
lado, o Gabinete de Projeção Kamov, criticado frequentemente pelo K-50 
(na opinião de muitas especialistas, o seu piloto não podia 
simultaneamente dirigir o helicóptero e utilizar eficazmente as armas), 
desenvolveu uma variante para duas pessoas – Ka-52. Em resultado, esta 
máquina foi incluída no programa estatal de armamentos, primeiro, para 
2006-2015 e, posteriormente, para 2011-2020.
A produção 
em série de vários tipos de armamentos, muito diferentes entre si, para a
 mesma missão foi em tempos o pior problema da indústria militar. Muitos
 especialistas consideram que este erro se poderá repetir com a seleção 
simultânea do Ka-52 e do Mi-28 para a produção em série. Parcialmente é 
assim mas, no entanto, há muitos argumentos a favor desta decisão.
Em primeiro
 lugar, objetivamente, as máquinas Ka-52 e Mi-28 são diferentes por suas
 possibilidades. Considera-se que o helicóptero da Kamov é melhor 
adaptado para ações militares no mar (qualidade que explica a sua 
utilização em navios tipo Mistral) e em zonas montanhosas. Ao mesmo 
tempo, o Mi-28, devido a sua melhor proteção blindada e a possibilidade 
de instalar um radar, pode ser utilizado com eficiência contra tropas 
com um sistema desenvolvido de Defesa Antiaérea.
Ao mesmo 
tempo, os Ka-52 e Mi-28 têm muitas caraterísticas comuns: tanto as 
unidades de propulsão como os armamentos, o que diminui o número de 
potenciais problemas ligados à manutenção simultânea de duas máquinas.
Contudo, a 
situação econômica e política na Rússia influi mais no destino do Ka-52.
 A produção em série da máquina impõe a necessidade de apoiar a fábrica 
de helicópteros de Arsenievsk, uma das poucas empresas altamente 
tecnológicas na região de Primórie, no Extremo Oriente da Rússia.
De fato, a 
indústria militar é hoje o único ramo na Rússia capaz de desenvolver e 
de produzir artigos de nível mundial. Em muitos casos, este nível é 
determinado pelas potencialidades de armamentos russos. Os Ka-52 e Mi-28
 são dos melhores helicópteros de combate no mundo e a busca de 
compromisso foi natural nesta situação.
A 
necessidade de fornecer equipamentos modernos às Forças Armadas também 
desempenhou o seu papel. Infelizmente, nem a empresa Rosvertol (Mi-28), 
nem a Progress (Ka-52) são capazes de produzir em série o número 
necessário de máquinas de devida qualidade. Nestas condições, apostar 
num modelo seria protelar os ritmos de renovação da aviação militar.
fonte: Voz da Rússia
Porta-helicópteros Mistral serão equipados com armas russas.
Os 
porta-helicópteros franceses Mistral, que estão sendo construídos para a
 Frota Militar da Rússia, obterão armamento principal de produção russa.
 Em cada navio de novo tipo a Frota Militar planeja instalar 8 
helicópteros multifuncionais Ka-52K Alligator e 8 helicópteros de 
transporte e combate Ka-29.
O contrato 
para a construção de dois porta-helicópteros Mistral no total de 1,2 
bilhões de euros foi assinado em junho de 2011. Neste ano planeja-se 
assinar um contrato para a construção dos outros dois 
porta-helicópteros, que serão construídos, como se espera, pela 
Corporação Unida da Construção Naval e pela usina do Báltico.
fonte: Voz da Rússia
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