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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Irã ameaça o Ocidente com o bloqueio naval de Ormuz.

O petróleo do golfo pérsico passa pelo estreito de Ormuz controlado
pelo Irã.
  O Irã ameaçou novamente barrar a navegação no estreito de Ormuz caso os países ocidentais decretem um embargo à exportação do seu petróleo. Nestes dias o Irã promove grandes manobras militares neste estreito.

 Em resultado disso, na terça-feira o preço de petróleo subiu novamente, já pela sexta vez. Este foi o período mais longo de aumento nos últimos treze meses. Os EUA, por sua vez, fizeram declarações ameaçadoras contra o Irã. O chefe do Pentágono Leon Panetta chegou a declarar que a América não se deterá ante o uso de quaisquer meios, incluindo os militares, a fim de impedir o Irã de criar as suas próprias armas nucleares. O ministro ameaçou que, se for necessário, será infligido um golpe preventivo contra alvos nucleares do Irã. Os EUA anunciaram também que pretendem liquidar a ameaça gerada pelo Irã juntamente com Israel. Isto elevou imediatamente o risco de surgimento de uma guerra nesta região. É possível que a declaração de Teerã sobre a barragem do estreito de Ormuz seja uma reação direta à posição dos EUA. Aliás, mesmo os aliados mais próximos dos EUA não aprovam muito esta posição de Washington. É sabido que, para a União Européia, a importação de petróleo do Oriente Médio é uma necessidade vital. A União Européia consome 18% do petróleo exportado pelo Irã e cerca de 40% do petróleo exportado por todos os países do Próximo Oriente. É pouco provável que Bruxelas se atreva a aprofundar a confrontação com o Irã para satisfazer Washington. Aliás, os EUA também não revelam muita vontade de se empenhar em uma guerra contra o Irã, - afirma a perita do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia Irina Fedorova.

Vista aérea do Estreito de Ormuz. Foto: www.guardian.co.uk
 Certamente, os EUA compreendem que o início de uma operação militar contra o Irã com a participação de Israel vai abrir a caixa de Pandora. As conseqüências deste ato serão totalmente imprevisíveis. Mesmo Zbigniew Brzeziński, um falcão americano, advertiu reiteradas vezes que não se pode encarar esta operação militar como algo fácil. Seria excepcionalmente estúpido pensar que vamos lançar umas bombas e iremos embora, diz ele. Não creio que os EUA iniciem operações militares contra o Irã, pelo menos, num futuro próximo.

 A perita constata também que, no caso de uma crise militar, os países do golfo Pérsico não se limitarão ao papel de meros observadores.

 Se for iniciada uma operação militar dos EUA contra o Irã, os países muçulmanos irão condenar o uso da força. Mas se o Irã barrar o estreito de Ormuz, a reação dos países da região será totalmente diferente, pois neste caso serão afetados os seus interesses petrolíferos e financeiros. No domingo, os chefes dos serviços diplomáticos do Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo Pérsico já discutiram em Abu Dhabi as possíveis alternativas em caso do bloqueio do estreito de Ormuz por Teerã. A sua reação será muito dura.

 Não é pela primeira vez que Teerã ameaça bloquear o estreito de Ormuz em caso de agressão ou imposição do embargo petrolífero. Quanto a suas conseqüências econômicas, este embargo será praticamente equivalente a uma intervenção militar. Note-se que Teerã dispõe de forças suficientes no plano técnico para impedir o movimento de petroleiros por esta hidrovia importante. Mas o bloqueio do estreito vai acarretar sérias perdas também para o Irã. É que o Irã controla apenas a parte norte do estreito de Ormuz, enquanto que a parte sul está sob o controle dos Emirados Árabes Unidos e de Omã. No entanto, os petroleiros e os navios que transportam gás liquefeito passam através da parte sul do estreito, controlada por Omã. Portanto, qualquer tentativa de barrar o estreito será equivalente a uma declaração de guerra aos países vizinhos. Além disso, Teerã não esqueceu a experiência triste da chamada guerra de petroleiros da década de 80 do século passado. Naquela altura, os americanos reagiram à tentativa de minar o estreito de Ormuz eliminando em poucas horas cerca de metade da Marinha de Guerra do Irã.

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