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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Três grandes potências reunem forças navais perto de ilhas desabitadas.

Publicado por dinamicaglobal.wordpress.com em 25 de abril de 2012.



Este domingo, a Rússia e China começaram exercícios navais conjuntos no mar Amarelo, que coincidiram no tempo com um novo agravamento do litígio territorial entre a China e os seus vizinhos – as Filipinas e o Vietnã.

O objeto da disputa são ilhas e atóis desabitados no mar da China Meridional, que se encontram numa zona muito rica em jazidas subaquáticas de petróleo e de gás.

Seis países do Sudeste Asiático disputam as ilhas do arquipélago Spratly no mar da China Meridional, região onde foram prospetadas ricas jazidas de hidrocarbonetos. O litígio leva sistematicamente ao agravamento de tensão e a tentativas de ocupar as ilhas, recifes e bancos de água.

Em meados de abril, o conflito entre a China e as Filipinas não se transformou por pouco em confrontação militar aberta. Uma embarcação da Marinha de Guerra das Filipinas descobriu barcos pesqueiros chineses perto do banco de Scarborough (Huangyan Dao, para a China). Navios da Guarda Costeira da China, que chegaram em breve ao local, não permitiram aos filipinos prender os pescadores.

No caso de confrontação militar aberta com a China, as Filipinas não teriam hipóteses mas o país é um aliado antigo dos Estados Unidos, que apoiaram Filipinas nesta disputa territorial, enviando para a região navios militares e um destacamento de fuzileiros navais. Ao mesmo tempo, começaram ali as manobras conjuntas das Marinhas dos países referidos com a participação do Japão, Austrália e Coreia do Sul.


A China, naturalmente, não quis ceder e também anunciou o início de manobras nas águas litigiosas. Este fato não deixaria ninguém surpreso se uma terceira potência, a Rússia, não participasse nos exercícios.

Moscou e Pequim não são aliados formalmente, mas efetuam em conjunto as manobras nas proximidades perigosas da Marinha dos Estados Unidos. A China enviou para a região mais de 4000 militares e 16 navios, inclusive 5 destroyers de mísseis, 5 fragatas de mísseis, 5 lanchas de mísseis, um navio de apoio e um navio-hospital. Participam ainda nos exercícios13 aviões e 5 helicópteros de coberta chineses.

A Rússia enviou quatro navios de combate da Esquadra do Pacífico: o cruzador de mísseis Varyag, dois grandes navios anti-submarinos Admiral Vinogradov e Marshal Chaposhnikov, assim como um grande navio anti-submarino da Esquadra do Norte, Admiral Tribuz. Na região encontram-se também dois navios de apoio MB-37 e Pechenga.

Deste modo, perto de algumas ilhas desabitadas, acumularam-se forças navais de sete países, três dos quais são grandes potências.

Ao mesmo tempo, tanto Moscou com Pequim, como Washington em conjunto com seus aliados, asseveram que as suas manobras estavam previstas antecipadamente, não representam qualquer ameaça e não têm nada a ver com a disputa territorial.

Sem dúvida, estas declarações expressam uma certa astúcia, mas é evidente também que três grandes potências perseguem os seus próprios objetivos nesta situação conflituosa.


No caso da China tudo está mais ou menos claro: a vontade de submeter ao seu controle ricas jazidas parece se não justa, pelo menos compreensível. Por outro lado, a China preocupa-se muito com a sua grandeza e não quer ceder nesta situação.

Mas a participação da Rússia neste conflito não declarado parece estranha à primeira vista: em qualquer caso, Moscou não pode pretender a esta região petrolífera. Contudo, a Rússia tem as suas razões não muito evidentes, mas também muito importantes: primeiro, fazer lembrar ao mundo que ela é também uma grande potência, capaz de resolver tarefas político-militares em qualquer parte do mundo e, segundo e o mais importante é demostrar que Moscou e Pequim não são rivais estratégicos e podem cooperar em situações conflituosas.

Mas o aspecto mais interessante do conflito é a motivação dos Estados Unidos. Recentemente, o Pentágono anunciou um plano de intensificar as forças na Ásia. Em conformidade com a nova estratégia defensiva, apresentada no início do ano pelo presidente Barack Obama, os Estados Unidos começam a redistribuir as suas forças no mundo. Assim, foi comunicado sobre uma redução insignificante do contingente militar americano na Europa mas, ao mesmo tempo, as fronteiras da UE, tal como a região do Oriente Médio serão reforçadas com unidades de Defesa Antiaérea.


Uma parte da estratégia militar diz respeito à redistribuição das forças a favor da Região Asiática do Pacífico. A imprensa já publicou suposições que a China poderá reagir ao desdobramento de um sistema de ABM na Ásia tanto que os protestos da Rússia parecerão um jogo inocente.

É possível que a concentração de forças navais de hoje num canto afastado do Pacífico dê início a um grande conflito entre os Estados Unidos e a China e não em torno das pequenas e fracas Filipinas.
A Rússia, participando indiretamente num conflito local, simplesmente aproveita corretamente um momento oportuno para não ficar de lado no próximo grande jogo.

Autor: Dmitri Kontchalovsky

Rússia construirá outro centro espacial na Sibéria para potencializar sua estratégia espacial.

Publicado por dinamicaglobal.wordpress.com em 23 de abril de 2012.
 
Plataforma de lançamento no Cosmódromo de Plesetsk, Rússia.

Rússia prevê construir um novo centro de lançamentos na Sibéria para potencializar sua estratégia espacial, informa em sua edição de  12/04 o periódico Kommersant.

A iniciativa para a criação de uma nova base espacial no território da Federação russa partiu de um decreto do presidente Vladimir Putin de 6 de novembro de 2007. Putin não deixou desde então de recordar a importância estratégica desta infra-estrutura, afirmando que “se trata de um dos projetos de maior envergadura e mais ambiciosos da Rússia de hoje”.


Se trata de uma afirmação com a qual é difícil não estar de acordo. Sobre todo se temos em conta que a base espacial de Plesetsk do Ministério da Defesa russo não é utilizada para o lançamento de vôos tripulados e que o centro espacial de Baikonur, apesar de ter firmado um contrato de arrendamento com o Cazaquistão por 50 anos, não está situado no território russo. Esta última circunstância parece ter sido chave para a criação do novo centro espacial Vostochny.


A nova base espacial surgirá nos terrenos do antigo cosmódromo Svobodny, situado na cidade secreta de Uglegorsk na província de Amur. A construção do novo complexo espacial está prevista para um prazo de oito anos. Para um projeto destas dimensões se trata de um prazo relativamente curto já que as tecnologias empregadas nele, mesmo passando esses oito anos, seguiram sendo as mais avançadas a nível o mundial.



O centro espacial de Vostochny se situará, além, no centro da ‘Estratégia de Desenvolvimento do Setor Espacial até 2030’, um documento que marca para a agencia espacial russa Roscosmos as linhas mestras de atuação para os próximos anos. Assim acredita o principal responsável da Roscosmos, Vladimir Popovkin, que tem por certo que 2012 é um ano decisivo para que a base de Vostochny esteja operacional se se seguirem os prazos previstos.


O projeto de Vostochny não pode deixar de ter consequências no centro espacial de Baikonur. Romper o contrato de arrendamento que tem firmado até 2050 é uma opção que as autoridades russas não pretendem inclusive quando Vostochny estiver a pleno rendimento. Cazaquistão, por outro lado, não oculta sua insatisfação pelo valor que a Rússia paga por Baikonur (uns 115 milhões de dólares ao ano).

Clique na imagem para ampliar.

Dado que as condições técnicas de Baikonur no dia de hoje não são as melhores, não faria muito sentido a Rússia investir na modernização do cosmódromo cazaque. Sobre todo se a base espacial de Vostochny permite às autoridades russas livrarem-se dos potenciais riscos políticos de ter o centro mais importante de lançamentos espaciais no território de outro país.


fonte: Ria Novosti

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