em 14 de Julho de 2012
  
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              Frota Russa do Norte em missão de trabalho no mediterrâneo. foto: Ria Novosti | 
Navios de três frotas russas reunidas no Mediterrâneo.
Um grupo de
 navios e embarcações das frota russas do Mar do Norte, Báltico e Mar 
Negro começará este mês a operar sob um comando unificado.
Segundo 
comunicou hoje o Estado-Maior da Marinha russa, dentro de 
aproximadamente uma semana o grupo unificado irá se reunir em um ponto 
de encontro combinado no mar Mediterrâneo, onde os navios realizarão 
exercícios. Em particular, será treinada a navegação em conjunto sob 
comando unificado, bem com defesa antiaérea e anti-submarino, e ações 
para proteger navios civis dos piratas.
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| Navio anti-submarino da Frota do Norte, Admiral Chabanenko. | 
O grupo é 
chefiado pelo navio anti-submarino da Frota do Norte, o Admiral 
Chabanenko (Almirante Chabanenko). O Estado-Maior General indicou que 
embarcações de abastecimento das frotas irão visitar frequentemente o 
porto de Tartus na Síria para repor os fornecimentos de água, 
combustível e alimentos. Conforme a necessidade técnica, navios de 
guerra também entrarão no porto.[1]
Marinha de Guerra russa navega no Atlântico, Mediterrâneo e Mar Negro.
O fato de 
diversos vasos de guerra russos terem iniciado misões de navegação em 
mares distantes das costas russas tem gerado uma autêntica onda de 
especulações na imprensa à volta do tema Os russos vão para a Síria. 
Seja como for, tentemos explicar tal agitação, que já era esperada.
Altura 
houve em que as navegações a grandes distâncias constituíam um regime 
normal de funcionamento da Marinha na URSS. No Atlântico, no mar 
Mediterrâneo, nos Oceanos Índico e Pacífico, se encontravam dezenas de 
vasos de guerra, embarcações de apoio e submarinos, prestando o serviço 
“na zona do Ocidente”. Perdendo um pouco em intensidade de ações e em 
dinâmica ao adversário principal – os EUA – a Marinha de Guerra 
soviética, a partir dos anos 60 do século passado, atuava com êxito 
sendo um fator de peso nos oceanos. O serviço militar constante permitia
 manter as Marinhas em excelentes condições.
Hoje em 
dia, a realidade é diferente: após dezenas de anos de inação forçada e 
de redução das forças, a concentração de navios russos tem causado 
surpresa e, por vezes, irritação. Ao mesmo tempo, é evidente que este 
tipo de missões de navegação e, futuramente, a permanência da Marinha da
 Rússia em zonas de importância vital devem voltar a fazer parte do 
serviço das Marinhas.
A esquadra 
russa, integradapor 10 – 19 vasos de guerra e de apoio, sem contar com 
os submarinos, deverá efetuar uma série de manobras no Oceano Atlântico e
 nos Mares Mediterrâneo e Negro.
No contexto
 de acontecimentos mais recentes na Síria, convém apontar para a 
participação de 3-5 navios de desembarque que, teoricamente, podem 
transportar reforços para a base naval russa de Tartus, ou participar na
 retirada do pessoal russo e de equipamentos. Mas, ao que tudo indica, a
 maior tarefa da Marinha consiste em “monstrar o estandarte” naquela 
região pouco tranquila a fim de impedir qualquer ingerência externa na 
Síria.
A maior 
parte de vasos de guerra que se juntam em manobras tem uma idade 
avançada, podendo alguns, nos próximos 10-15 anos, ser desalistados. Os 
sucessores estão ainda em construção. Trata-se de fragatas e corvetas de
 nova geração, navios de desembarque tipo Mistral e novas embarcações do
 projeto 11711. No entanto, uma Marinha eficiente tem que se basear em 
serviço de tripulações bem preparadas e qualificadas, o que implica a 
realização de manobras constantes e operações reais. Entre estas 
últimas, cumpre destacar a presença permanente de um pequeno 
destacamento de navios de guerra da Rússia na região do Corno Africano.
As missões 
oceânicas, que se tornam mais frequentes, levam-nos a crer que em breve a
 Rússia poderá contar com um número suficiente de marinheiros 
qualificados que sejam capazes de cumprir missões importantes. À luz 
disso, políticos e colunistas estrangeiros terão de se acostumar ao novo
 papel ativo que Marinha russa irá desempenhar, constituindo este um 
fator importante no quadro político mundial. [2]
Fonte [1]: Voz da Rússia Fonte [2]: Voz da Rússia

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