Publicado por dinamicaglobal.wordpress.com em 30 de maio de 2012.
Arma cibernética mais letal da história, segundo analistas, afeta sistemas no Oriente médio.
Um dos
vírus mais sofisticados da história da informática atingiu uma série de
computadores ao redor do Oriente Médio com a intenção de espionagem e
sabotagem de órgãos governamentais e militares. A descoberta foi feita
pela empresa de segurança cibernética Kaspersky Lab, da Rússia, que
ainda tenta decodificar o programa capaz de infectar algumas das
máquinas mais protegidas do mundo.
De acordo com especialistas russos, o vírus, denominado Flame, é bem mais poderoso que o Stuxnet,
responsável por sabotagens no programa nuclear iraniano entre 2009 e
2010. " Essa é a arma cibernética mais sofisticada criada em toda a
história", declarou a empresa em comunicado.
A suspeita,
assim como no caso anterior, é de que um Estado esteja por trás do
desenvolvimento do programa. Os alvos são Irã, Arábia Saudita, Síria, os
territórios Palestinos, Líbano e Egito, levando alguns alguns analistas
a afirmar que os serviços de espionagem de Israel e dos EUA sejam os
responsáveis pelo desenvolvimento do vírus.
Responsabilidade
No caso do
Stuxnet, os israelenses nunca confirmaram e tampouco negaram o
envolvimento na ação que danificou algumas centrífugas iranianas.
vírus,
segundo a Kaspersky, é capaz de coletar e deletar informações, além de
conseguir ativar microfones de outros computadores que, mesmo
desligados, podem gravar a conversa de pessoas.
"É
fantástica e incrível a complexidade do vírus. A quantidade de códigos é
tamanha que ninguém detectou a existência do Flame em dois anos",
afirmou Alexander Gostev, chefe de segurança da empresa russa. De acordo
com ele, a Kastersky Lab, que é uma das mais conceituadas do mundo,
"demorou seis meses para analisar o Stuxnet".
Na
avaliação de Gostev, o Flame, "é 20 vezes mais complexo" do que o
Stuxnet, "Acho que precisaremos de pelo menos 10 anos para entender
tudo", acrescentou o analista ao comentar sobre a nova arma cibernética,
que também é conhecida como Wiper ou Viper, apesar de alguns analistas,
incluindo os da Kaspersky, os colocarem em grupos separados.
O
ministério do Petróleo do Irã, país que foi alvo de 198 ataques do
Flame, pediu para que a União de Telecomunicações Internacional da ONU
investigue ataques contra seus sistemas, incluindo roubo de dados.
Instalação
De acordo
com os russos, o vírus instala, inicialmente, um programa de 6
megabites, antes de contaminar o computador com o restante. eles não
sabem, no entanto como a arma cibernética atinge as máquinas. [1]
Futuro programa autônomo
Durante o
maior torneio de Nerds programadores para universitarios de todo o
mundo, o ICPC, que ocorreu na Polônia, a equipe campeã da Universidade
Estadual da Informação, Mecânica e Ótica de São Petersburgo, na Rússia,
teve como destaque o brilhante Evgeny Kapun. Aos 22 anos Evgeny é
bicampeão mundial do ICPC, venceu em 2009 e este ano. O russo começou a
programar aos 7 anos, com a ajuda de um amigo do pai. Prestes a se
formar, ele quer fazer pós na mesma faculdade. Seu objetivo é
desenvolver um programa que permita eliminar o fator humano na
programação de computadores. [2]
Fonte[1]: Jornal O Estado de São Paulo, 29 de maio de 2012
Autor Gustavo Chacra, correspondente em Nova York
Fonte[2]: Caderno Estadão.edu
Autor: Carlos Lordelo, enviado especial a Varsóvia
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