Publicado por dinamicaglobal.wordpress.com em 8 de Junho de 2012.
O indigenista Orlando Villas Boas tem uma opinião sobre esse curioso amor. Assista o vídeo no youtube.
Por causa da construção de Belo Monte, ONGs estrangeiras – em sua
maioria estadunidenses – mostram-se preocupadas com indígenas afetados
pela construção da usina.
Estranho.
Porque os estadunidenses praticamente exterminaram os índios que
ocupavam seu território. Gerônimo (na foto) foi o último chefe apache,
antes do massacre.
No século
XIX, o governo dos Estados Unidos começou uma guerra de extermínio aos
apaches para facilitar a colonização do oeste. Chefes como Mangas
Coloradas, Cochise e Geronimo comandaram os apaches nas batalhas contra
os Estados Unidos.
Mas, isso é
passado!… – você pensa. Não é, não. Até recentemente, o maior inimigo
dos EUA era Osama Bin Laden. Pois a Operação que o teria executado no
Paquistão recebeu o nome de Operação Gerônimo, o que gerou protestos.
A frase é
de Keith Harper, um membro da Nação Cherokee, ao The Washington Post.
Gerônimo foi o nome de código escolhido pelas tropas americanas para se
referirem a Bin Laden durante a operação que teria resultado em sua
morte.
Gerônimo
(1823-1909), na foto aí ao lado, foi um chefe Apache que, na segunda
metade do século XIX, enfrentou os “homens brancos” numa guerra sem
prisioneiros, cruel, que fez dele um herói para seu povo e um maldito
entre os brancos.
“Ninguém
teria concordado com o uso como codinome para um terrorista de Mandela,
Revere ou Ben Gurion. Um herói extraordinário e um herói nativo
americano merece o mesmo tratamento”, prosseguiu Harper na entrevista ao
The Washington Post. “Isso mostra até que ponto a ideia de índio /
inimigo está incorporada na mentalidade deste país”, disse ao mesmo
jornal Suzan Harjo, de um grupo de advogados indígenas. [Fonte: El Pais,
onde você pode ler mais sobre Gerônimo]
Se não se preocuparam com seus índios, por que dizem estar preocupados com os nossos?
O indigenista Orlando Villas Boas tem uma opinião sobre isso, E você?
Antonio Mello, em seu Blog
Nenhum comentário:
Postar um comentário