Publicado por dinamicaglobal.wordpress.com em 7 de Junho de 2012.
Pequim, 5 de junho (Xinhua) – O presidente russo, Vladimir Putin, chegou na terça-feira a Pequim para uma visita de Estado de três dias, destinada a reforçar as relações entre a Rússia e a China.
A imprensa
informa o itinerário da visita de Putin desde muito tempo, pois se trata
da primeira que faz o mandatário russo após seu recente regresso ao
Kremlin.
Em seu
artigo publicado em fevereiro “Rússia e o mundo em mudança”, Putin
situava a China entre outros países da Asia-Pacífico como uma prioridade
em sua política exterior e se comprometia a “aprender com a China” para
incrementar o desenvolvimento da economia russa.
Os analistas consideram que a viagem de Putin a China é muito significativa e dará um impulso às relaciones bilaterais.
Leia também: Cautelosos por causa dos movimentos dos EUA, China e Rússia comprometem-se a priorizar aliança militar.
Nestes
momentos em que o mundo está atravessando profundas mudanças no panorama
político e econômico, Rússia e China, com sua crescente cooperação, têm
se convertido em agentes ativos de equilíbrio num mundo multipolar,
facilitando o surgimento de uma nova ordem política e econômica em
escala global.
Ambos os
países se opõem às alianças inspiradas na guerra fria e buscam construir
um novo modelo de associação que se baseie na igualdade e respeito
mútuo.
Um caso
paradigmático é sua efetiva cooperação no âmbito da Organização de
Cooperação de Shanghai (OCS), um grupo regional com uma influência cada
vez maior que avança sobre duas rodas: a segurança e a cooperação
econômica.
Graças a
crescente cooperação econômica entre os seis Estados membros da OCS
(China, Cazaquistão, Quirguizistão, Rússia, Tadjiquistão e Usbequistão),
o nível de vida de centenas de milhões de lares em toda a região tem
melhorado, o que tem convertido a região eurasiática em uma das partes
mais dinâmicas do planeta.
Agora que a
crise financeira global tem deixado a maioria das potências econômicas
mundiais num dique seco, China e Rússia, junto às outras economias
emergentes do grupo BRICS, seguem com bons resultados econômicos, tais
que têm dado confiança à decadente economia mundial.
Leia também: BRICS podem mudar a ordem mundial.
Os dois
países, além de tudo, compartilham visões semelhantes em muitos assuntos
internacionais. Como membros permanentes do Conselho de Segurança das
Naciones Unidas, Rússia e China sempre defenderam ardentemente o
princípio de não interferência nos assuntos internos das nações
soberanas e apoiado a liderança da ONU na resolução dos conflitos
internacionais.
Mas antes
de tudo, os dois países compartilham uma ampla gama de interesses comuns
relacionados com a reforma do sistema monetário e financeiro
internacional, para tanto buscam dar maior voz às economias em vias de
desenvolvimento nos assuntos internacionais.
Com a
visita de Putin, a cooperação entre China e Rússia experimentará um
forte impulso, o que contribuirá à construção de um mundo multipolar, a
manutenção da estabilidade e a prosperidade na região.
fonte: peopledaily.com.cn
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