Publicado por dinamicaglobal.wordpress.com em 22 de março de 2012.
Os Estados Unidos consideram a possibilidade de utilizar uma bomba de 13,6 toneladas diante de um eventual ataque militar ao Irã, a maior ogiva de seu arsenal, confirmou um alto oficial da Força Aérea.
A bomba de penetração maciça (MOP, na sua sigla em inglês), tem capacidade de perfurar através de 60 metros de concreto armado antes de detonar sua carga.
Este artefato explosivo convencional (não nuclear) é o mais poderoso já desenvolvido pelo Departamento de Defesa na última década, assegurou o tenente-general Herbert Carlisle, vice-chefe de operações da Força Aérea.
De acordo com ele, a MOP, considerada a “mãe de todas as bombas”, poderia ser utilizada em qualquer ataque contra o Irã ordenado por Washington.
O Pentágono trabalha em opções militares para o caso em que falhem a diplomacia e as sanções econômicas contra Teerã. Os EUA têm como objetivo interromper o programa nuclear iraniano, sob a acusação de que este tem fins militares, embora o governo do país persa reitere os seus fins pacíficos, informou a página de internet Global Research.
O secretário da Defesa dos EUA, Leon Panetta, declarou no jornal The National Journal na última quinta-feira (8), que a planificação das operações vem ocorrendo “há muito tempo”.
A retórica belicista das forças armadas de Washington se mantém apesar das declarações do presidente Barack Obama, que se pronunciou durante a semana em favor de esgotar todos os recursos de pressão diplomáticos, econômicos e políticos antes de empreender um ataque contra a nação persa.
Obama e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniram na última segunda-feira (5) na Casa Blanca em uma tentativa de rearticular um debate sobre o tema nuclear iraniano, pois Israel é partidário de lançar um ataque preventivo contra a nação persa para evitar que siga adiante com seus planos.
Carlisle também assegurou que um conflito com o Irã ou a Síria poderia revelar um novo pensamento tático nas operações militares, conhecido como batalha ar-mar, onde se combinariam vários dos serviços armados estadunidenses.
O oficial sublinhou que as táticas apontam no sentido de operar em vários domínios, tanto no ar, como no mar, no espaço e no ciberespaço, mediante a criação de redes de informação integradas através de satélites, sensores em aviões caças e aeronaves não tripuladas.
Tais procedimentos operativos respondem à circunstância de que a Síria e o Irã possuem capacidades defensivas importantes para manter à distância seus potenciais agressores, algo que Washington pretende evitar, considerou Carlisle.
No caso do ciberespaço, pode ser um fator de conflito entre ambos os países, alertou.
fonte: Prensa Latina
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