Publicado por dinamicaglobal.wordpress.com em 25 de Junho de 2012.
Destroços do avião de guerra alegadamente encontrados no Mediterrâneo.
Turquia promete ação depois que a Síria derruba caça turco.
Órgão da
OTAN se reunirá terça-feira para discutir derrubada da Síria de um caça
turco, em que os líderes turcos insistem foi espaço aéreo internacional,
confirmou um porta-voz da aliança.
A Turquia
tem chamado a OTAN a discutir uma resposta ao incidente da última
sexta-feira, que tem agravado a crise regional causada pelo conflito na
Síria, onde relato no domingo disse que mais de uma dúzia de pessoas
morreram nos últimos confrontos entre rebeldes e tropas do governo.
A fuselagem
do avião foi encontrada no domingo na região do Mediterrâneo, a uma
profundidade de 1.000 metros, segundo a televisão estatal TRT turca. Os
pilotos estão desaparecidos.
O Ministro
dos Negócios Estrangeiros turco Ahmet Davutoglu disse que o jato estava
em um vôo de treinamento para testar as capacidades da Turquia de radar,
não espionagem sobre a Síria. Ele disse que o avião se desviou
erroneamente em espaço aéreo sírio na sexta-feira, mas foi rapidamente
alertado pelas autoridades turcas a sair e avançou uma milha dentro do
espaço aéreo internacional, quando foi derrubado fora da costa de
Latakia.
A Síria insistiu neste sábado que o tiroteio “não era um ataque” e que o avião havia violado seu espaço aéreo.
“O regime
Assad não deve cometer o erro de acreditar que ele pode agir com
impunidade. Ele será responsabilizado pelo seu comportamento. disse o
secretário do exterior britânico, William Hague
A agencia
TRT informou que Davutoglu havia chamado a Otan na terça-feira para uma
reunião especial para discutir o artigo 4 da Carta da OTAN em relação ao
incidente de sexta-feira. O artigo diz que os países-membros “vai
consultar-se sempre que, na opinião de qualquer um deles, a integridade
territorial, independência política ou segurança de qualquer das partes
está ameaçada.”
O plano tem
causado preocupação internacional, inclusive que países pressionam o
presidente sírio, Bashar al-Assad a renunciar devido ao derramamento de
sangue em seu país nos últimos 15 meses. Ativistas da oposição dizem que
a repressão de Assad em uma revolta cada vez mais popular armada já
matou 14.000 pessoas, a maioria deles civis.
William
Hague, britânico das Relações Exteriores, disse neste domingo que estava
“seriamente preocupado com a ação do regime sírio em derrubar” o avião e
que Davutoglu lhe tinha dito que nenhum aviso foi dado.
“Esse ato
escandaloso destaca como o regime sírio colocou-se muito além do
comportamento aceitável, e eu condeno de todo o coração”, disse Hague em
um comunicado. “O regime Assad não deve cometer o erro de acreditar que
ele pode agir com impunidade. Ela será realizada para explicar seu
comportamento.”
Discussão de cúpula internacional
Haia reuniu
na semana passada as Nações Unidas e a Liga Árabe tendo como enviado
especial Kofi Annan para as conversações sobre os planos para uma cúpula
internacional, enquanto os oficiais britânicos discutiram o assunto em
Genebra, no sábado, com membros da equipe de Annan. Haia notou no
domingo que “O Reino Unido está pronto para prosseguir a sua ação
robusta nas Nações Unidas, do Conselho de Segurança.”
Manifestantes sírios disseram que os militares mataram 15 pessoas em um bombardeio da cidade de Daraa em 09 de junho de 2012.
Na Síria, a
agência de notícias estatal SANA disse que homens armados se
infiltraram a partir da Turquia entraram em confronto com guardas de
fronteira da Síria em Rabiah, uma região na província costeira de
Latakia. SANA disse que vários infiltrados morreram no confronto na
tarde de sábado, enquanto outros teriam retornado para a Turquia. Ele
disse que vários guardas de fronteira da Síria ficaram feridos, mas não
especificou quantos.
A Turquia
nega abrigar rebeldes armados da Síria, embora muitos refugiados sírios
fugiram para campos no lado turco da fronteira.
Ativistas
sírios, por sua vez, disseram que rebeldes capturaram uma base militar
na província síria de Alepo, confiscando grandes quantidades de munição.
O Observatório Sírio-Grã-Bretanha para os Direitos Humanos informou que
16 soldados do governo morreram nos ataques na base perto da cidade
controlado pelos rebeldes de Daret Azzeh e postos de controle nas
proximidades de domingo.
Segundo o
ativista Mohammed Saeed os rebeldes retiraram centenas de granadas de
artilharia a partir da base. Saeed acrescentou via Skype que as tropas
retaliaram com intenso bombardeio sobre a área utilizando helicópteros.
Na
sexta-feira, num informativo da imprensa estatal constou que 25 pessoas
foram seqüestradas por “terroristas” e mortas em Daret Azzeh. Ativistas
disseram que os 25 mortos eram do regime pró-homens armados conhecidos
como shabiha.
Também no
domingo, grupos de oposição sírios se reuniram em Bruxelas para botar
para fora as diferenças e os plano para uma transição democrática. Os
diferentes grupos estão divididos sobre se a intervenção militar externa
viria a ajudar ou prejudicar e se deveria dialogar com o regime de
Assad. A conferência, que contou com cerca de 50 pessoas, vai continuar
nessa segunda-feira.
O ministro
da Informação jordaniano Sameeh Maaytah, por sua vez, disse no domingo
que três outros pilotos sírios haviam desertados na semana passada,
antes mesmo de um piloto voar em seu avião de guerra para a vizinha
Jordânia. Ele disse que os outros três cruzaram por terra para a
Jordânia. Ele não tinha certeza se os quatro pilotos conheciam ou tinham
coordenado suas fugas da Síria.
Fonte: CBC.ca
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