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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

As aventuras militares desastrosas dos Estados Unidos.



 Esse texto é um fragmento do texto Tomgram: Alfred McCoy, Taking Down America publicado em 5 de dezembro em tomdispatch.com, dividido aqui em partes e publicadas individualmente:

 a)Declínio econômico dos Estados Unidos: Situação atual.
 b)Declínio econômico dos Estados Unidos: Cenário de 2020.
 a)Crise petrolífera: Situação atual.
 b)Crise petrolífera: Cenário 2025.
 a)As aventuras militares desastrosas dos Estados Unidos: Situação atual.
 b)O Cenário de 2014 das aventuras militares dos Estados Unidos.
 a)Cenário atual de uma III Guerra Mundial.
 b)Cenário de III Guerra Mundial até 2025.

As aventuras militares desastrosas dos Estados Unidos: Situação atual.


 Contrariando o bom senso, à medida que o seu poder enfraquece, os impérios embarcam frequentemente em aventuras militares desastrosas e mal aconselhadas. Este fenómeno é conhecido entre os historiadores do império como "micro-militarismo" e parece envolver esforços psicologicamente compensadores para salvar o estigma da retirada ou da derrota ocupando novos territórios, mesmo que breve e catastroficamente. Estas operações, irracionais mesmo do ponto de vista imperialista, representam muitas vezes gastos hemorrágicos ou derrotas humilhantes que só aceleram a perda do poder. 

 Em todas as épocas, os impérios bélicos sofrem de uma arrogância que os leva a mergulhar cada vez mais profundamente em aventuras desastrosas até que a derrota se transforma em derrocada. Em 413 AC, uma Atenas enfraquecida enviou 200 barcos para serem massacrados na Sicília. Em 1921, uma Espanha imperialista moribunda enviou 20 mil soldados para serem dizimados pelos guerrilheiros berberes no Marrocos. Em 1956, um Império Britânico em decadência destruiu o seu prestígio atacando o Suez. E em 2001 e 2003, os Estados Unidos ocuparam o Afeganistão e invadiram o Iraque. Com a arrogância que define os impérios ao longo dos milénios, Washington aumentou o número de efetivos no Afeganistão para 100 mil, alargou a guerra até ao Paquistão, e prolongou o seu compromisso até 2014 e para além disso, muito próximo de desastres grandes e pequenos neste cemitério de impérios com armas nucleares, infestado por guerrilhas. 


O Cenário de 2014 para as aventuras militares desastrosas dos Estados Unidos.  


 O 'micro-militarismo" é tão irracional, tão imprevisível, que cenários aparentemente irreais rapidamente são ultrapassados pelos acontecimentos reais. Com as forças militares americanas esticadas desde a Somália às Filipinas e as tensões crescentes em Israel, no Irã e na Coréia, são múltiplas as combinações possíveis para uma crise militar desastrosa no estrangeiro. 


Mapa da guerra americana ao terrorismo e da nova estratégia agressiva mostra o alcance global das ações do pentágono americano. Clique na imagem para ampliar.


 Estamos a meio do Verão de 2014 e uma reduzida guarnição americana no Kandahar em guerra no sul do Afeganistão é súbita e inesperadamente invadida por guerrilheiros talibãs, enquanto a aviação americana está no chão por causa duma tempestade de areia que impede a visão. Ocorrem pesadas baixas e, em retaliação, um comandante americano envergonhado envia bombardeiros B-1 e caças F-16 para demolir bairros suburbanos da cidade que se julga estarem sob o controle dos talibãs, enquanto helicópteros equipados com metralhadoras AC-130U "Spooky" varrem os escombros com um devastador fogo de canhões. 

 Imediatamente, os mullahs começam a pregar a jihad nas mesquitas por toda a região, e unidades do exército afegão, treinados por forças americanas para dar a volta à guerra, começam a desertar em massa. Então, os combatentes talibãs desencadeiam uma série de ataques extremamente sofisticados, visando as guarnições dos Estados Unidos em todo o país, fazendo aumentar as baixas americanas. Em cenas que fazem recordar Saigon em 1975, helicópteros americanos resgatam soldados e civis americanos nos telhados de Cabul e Kandahar. 

 Entretanto, irritados com o beco sem saída interminável que já dura há décadas no que se refere à Palestina, os lideres da OPEP impõem um novo embargo petrolífero aos Estados Unidos como protesto pelo seu apoio a Israel, assim como pela matança de número incontável de civis muçulmanos nas suas guerras em curso por todo o Grande Médio Oriente. Com os preços da gasolina a subir em espiral e as refinarias a ficarem secas, Washington toma a decisão de enviar forças de Operações Especiais para conquistar os portos petrolíferos do Golfo Pérsico. Isto, por sua vez, incentiva uma onda de ataques suicidas e a sabotagem de oleodutos e de poços de petróleo. Enquanto nuvens negras se acumulam no céu e os diplomatas se levantam na ONU para denunciar asperamente as ações americanas, a opinião pública internacional faz ressuscitar a história para brandir este "Suez da América", uma referência explícita à derrocada de 1956 que marcou o fim do Império Britânico. 

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