Fuso-horário internacional

Translate

English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

PÁGINAS

Voltar para a Primeira Página Ir para a Página Estatística Ir para a Página Geográfica Ir para a Página Geopolítica Ir para a Página Histórica Ir para a Página Militar

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Crise petrolífera: o cenário atual e o de 2025.



 Esse texto é um fragmento do texto Tomgram: Alfred McCoy, Taking Down America publicado em 5 de dezembro em tomdispatch.com, dividido aqui em partes e publicadas individualmente:

 a)Declínio econômico dos Estados Unidos: Situação atual.
 b)Declínio econômico dos Estados Unidos: Cenário de 2020.
 a)Crise petrolífera: Situação atual.
 b)Crise petrolífera: Cenário 2025.
 a)As aventuras militares desastrosas dos Estados Unidos: Situação atual.
 b)O Cenário de 2014 das aventuras militares dos Estados Unidos.
 a)Cenário atual de uma III Guerra Mundial.
 b)Cenário de III Guerra Mundial até 2025.



Crise petrolífera: Situação atual.

 Uma consequência do poder econômico moribundo da América tem sido a sua dificuldade nos abastecimentos globais de petróleo. Ultrapassando a economia americana ávida de gasolina, a China passou a ser o maior consumidor de energia neste verão, uma posição que os Estados Unidos mantiveram durante mais de um século. O especialista em energia Michael Klare argumenta que esta mudança significa que a China vai "assumir o comando na definição do nosso futuro global". 

 Em 2025, o Irã e a Rússia vão controlar quase metade do abastecimento mundial de gás natural, o que potencialmente lhes dará uma vantagem enorme sobre a Europa faminta de energia. Acrescentem as reservas de petróleo a esta mistura e, conforme alertou o National Intelligence Council, dentro de apenas 15 anos, a Rússia e o Irã poderão "emergir como os reis da energia". 

 Apesar duma espantosa capacidade de invenção, as grandes potências petrolíferas estão neste momento a esgotar as grandes bacias de reservas petrolíferas que são de extração fácil e barata. A grande lição do desastre petrolífero do Deep Horizon no Golfo do México não foi o padrão negligente de segurança da BP, mas o simples fato que todo mundo viu no "pequeno ecrã": os gigantes da energia já não têm alternativa senão procurar aquilo que Klare designa por "petróleo difícil" a quilómetros abaixo da superfície do oceano para conseguir manter os seus lucros. 

 A agravar o problema, os chineses e os indianos tornaram-se repentinamente enormes consumidores de energia. Mesmo que os abastecimentos de combustíveis fósseis se mantivessem constantes (o que não acontece), a procura, e portanto os custos, aumentará certamente – e de forma acentuada. Outras nações desenvolvidas estão a enfrentar esta ameaça de uma forma agressiva dedicando-se a programas experimentais para desenvolver fontes de energia alternativas. Os Estados Unidos seguiram um caminho diferente, fazendo muito pouco para desenvolver energias alternativas ao mesmo tempo que, nos últimos trinta anos, duplicaram a sua dependência das importações de petróleo estrangeiro. Entre 1973 e 2007, as importações de petróleo aumentaram de 36% da energia consumida nos Estados Unidos para 66%. 




Crise petrolífera: Cenário 2025.

 Os Estados Unidos mantêm-se tão dependentes do petróleo estrangeiro que qualquer pequena evolução adversa no mercado global de energia em 2025 provoca um choque petrolífero. Em comparação, o choque petrolífero de 1973 (quando os preços quadruplicaram em poucos meses) não é nada. Irritados com a queda do valor do dólar, os ministros do Petróleo da OPEP, num encontro em Riad, exigem os pagamentos futuros da energia num "cabaz" de ienes, iuans e euros. O que só contribui para aumentar o custo das importações do petróleo nos Estados Unidos. Na mesma altura, enquanto assinam uma nova série de contratos de entrega a longo prazo com a China, os sauditas estabilizam as suas próprias reservas de divisas estrangeiras mudando para o iuan. Entretanto, a China injeta milhares de milhões na construção de um enorme oleoduto trans-Ásia e no financiamento da exploração no Irã do maior campo de gás natural do mundo, em South Pars no Golfo Pérsico. 

 Com a preocupação de que a Marinha Americana já não seja capaz de proteger os petroleiros que viajam do Golfo Pérsico para abastecer a Ásia oriental, uma coligação de Teerã, Riad e Abu Dabi forma uma inesperada nova aliança do Golfo e afirma que a nova frota da China de porta-aviões ligeiros passará a patrulhar o Golfo Pérsico a partir duma base no Golfo de Oman. Sob uma forte pressão econômica, Londres concorda em cancelar o aluguel aos Estados Unidos da sua base na ilha de Diego Garcia no Oceano Índico, enquanto Camberra, pressionada pelos chineses, informa a Washington que a Sétima Frota deixou de ser bem-vinda para usar Fremantle como porto de abrigo, expulsando assim na prática a Marinha Americana do Oceano Indico. 

 A duros pesares, após alguns avisos sucintos, a 'Doutrina Carter', segundo a qual o poder militar americano iria proteger eternamente o Golfo Pérsico, é posta à parte em 2025. Todos os elementos que há muito garantiam aos Estados Unidos abastecimentos ilimitados de petróleo a baixo preço daquela região – logística, taxas de câmbio e poder naval – evaporam-se. Nesta altura, os Estados Unidos ainda conseguem cobrir uns insignificantes 12% das suas necessidades energéticas a partir da sua alternativa embrionária da indústria energética e mantém-se dependente das importações de petróleo para metade do seu consumo de energia. 

 O choque petrolífero que se segue atinge o país como um furacão, disparando os preços para alturas impressionantes, tornando as viagens uma proposta extremamente cara, colocando os salários reais (que há muito estavam em declínio) em queda livre e tornando não competitivas as poucas exportações americanas que ainda restam. Com os termostatos a descer, os preços da gasolina a furar o teto, e os dólares a fugir mar fora em troca do petróleo caro, a economia americana fica paralisada. Com as alianças há muito desgastadas no fim e as pressões fiscais a aumentar, as forças militares americanas começam finalmente uma retirada encenada das suas bases ultramarinas. 

 Em poucos anos, os Estados Unidos estão funcionalmente na falência e o relógio aproxima-se da meia-noite do Século Americano. 

Um comentário:

  1. As energias alternativas podem alterar as presisões?
    As industrias automobilísticas teriam que se adequarem rapidamente, bem como todas as máquinas que utilizam combustível fóssil. Isto dependeria de uma política estatal forte, coisa que no ocidente, nos dias atuais, com estes modelos econômicos, é praticamente impossível.

    Vejam:

    http://www.youtube.com/watch?v=1UcgeBpjEqE&feature=related


    Nikola Tesla – eletricidade
    http://www.youtube.com/watch?v=_xdM8q4E0Is
    http://www.youtube.com/watch?v=uWbsvufKIlw&feature=relmfu
    http://www.youtube.com/watch?v=A1EKoP_mIBQ&feature=relmfu
    http://www.youtube.com/watch?v=32ruroDdsh0&feature=relmfu
    http://www.youtube.com/watch?v=TcZ_qP0bue0&feature=relmfu
    http://www.youtube.com/watch?v=8oWR06m8KDQ&feature=relmfu

    Abçs.

    ResponderExcluir

Últimas postagens

posts relacionados (em teste)


Uma parceria estratégica entre França e Rússia tra ria benefícios econômicos para a Europa?

SPACE.com

NASA Earth Observatory Natural Hazards

NASA Earth Observatory Image of the Day

ESA Science & Technology