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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Cenário de uma III Guerra Mundial.


 Esse texto é um fragmento do texto Tomgram: Alfred McCoy, Taking Down America publicado em 5 de dezembro em tomdispatch.com, dividido aqui em partes e publicadas individualmente:

 a)Declínio econômico dos Estados Unidos: Situação atual.
 b)Declínio econômico dos Estados Unidos: Cenário de 2020.
 a)Crise petrolífera: Situação atual.
 b)Crise petrolífera: Cenário 2025.
 a)As aventuras militares desastrosas dos Estados Unidos: Situação atual.
 b)O Cenário de 2014 das aventuras militares dos Estados Unidos.
 a)Cenário atual de uma III Guerra Mundial.
 b)Cenário de III Guerra Mundial até 2025.


III Guerra Mundial: Situação atual 

 No Verão de 2010, as tensões militares entre os Estados Unidos e a China começaram a aumentar no Pacífico ocidental, outrora considerado um 'lago' americano. Ainda um ano antes ninguém teria previsto uma evolução destas. Tal como Washington se aproveitou da sua aliança com Londres para se apropriar de grande parte do poder global da Grã-Bretanha depois da II Guerra Mundial, também a China está a utilizar agora os proveitos do seu comércio de exportações para os Estados Unidos para financiar o que parece vir a ser um desafio militar ao domínio americano nas águas da Ásia e do Pacífico. 

 Com os seus recursos cada vez maiores, Pequim está a reclamar um vasto arco marítimo desde a Coréia à Indonésia há muito dominado pela Marinha dos Estados Unidos. Em Agosto, depois de Washington ter manifestado um "interesse nacional" no Mar do Sul da China e de ali ter efetuado exercícios navais para reforçar essa pretensão, o Global Times oficial de Pequim respondeu asperamente, dizendo, "O confronto de forças EUA-China em relação à questão do Mar do Sul da China fez subir a parada quanto à decisão de qual vai ser o verdadeiro futuro governante do planeta". 

 No meio de tensões crescentes, o Pentágono relatou que Pequim já detém "a capacidade de atacar… porta-aviões [americanos] no Oceano Pacífico ocidental" e visar "forças nucleares por todo… o continente dos Estados Unidos". Ao desenvolver "capacidades ofensivas de guerra nuclear, espacial e cibernética", a China parece determinada a competir pelo domínio daquilo a que o Pentágono chama "o espectro de informação em todas as dimensões do campo de batalha moderno". Com o desenvolvimento em curso do poderoso super míssil de longo alcance V, assim como com o lançamento de dois satélites em Janeiro de 2010 e outro em Julho, num total de cinco, Pequim deu sinais de que o país estava a dar passos rápidos na direção de uma rede "independente" de 35 satélites para capacidades de posicionamento global, de comunicações e de reconhecimento até 2020. 

 Para conter a China e alargar a sua posição militar globalmente, Washington pretende montar uma nova rede digital de robótica aérea e espacial, capacidades avançadas de guerra cibernética e vigilância eletrónica. Os estrategas militares esperam que este sistema integrado envolva a Terra numa grelha cibernética capaz de ofuscar exércitos inteiros no campo de batalha ou de caçar um simples terrorista no campo ou na favela. Em 2020, se tudo correr conforme planejado, o Pentágono vai lançar um escudo de três camadas com pequenos aviões espaciais de controlo remoto – que vão da estratosfera até à exosfera, armados com mísseis ágeis, ligados por um elástico sistema de satélite modular e manobrados inteiramente por vigilância telescópica. 

 Em Abril passado, o Pentágono fez história. Alargou as operações dos aviões de controle remoto até à exosfera lançando calmamente o X-37B, um veículo espacial não tripulado, para uma órbita baixa a 410 km acima do planeta. O X-37B é o primeiro de uma nova geração de veículos não tripulados que vão marcar o total armamento do espaço, criando uma arena para futuras guerras diferente de tudo o que já se viu.

Nave espacial não tripulada X-37B antes do seu teste lançada à órbita pela Força Aérea dos Estados Unidos em Abril de 2010.
Foto: tomdispatch.com


III Guerra Mundial: Cenário 2025 

 A tecnologia do espaço e a guerra cibernética são coisas tão novas e sem estarem testadas que até os cenários mais estranhos podem vir a ser ultrapassados por uma realidade que ainda é difícil de conceber. Mas se utilizarmos apenas o tipo de cenários que a própria Força Aérea usou no seu Jogo de Capacidades Futuras 2009, podemos obter "uma melhor compreensão de como o ar, o espaço e o ciber espaço se sobrepõem na guerra" e começar a imaginar como poderá ser realmente travada uma próxima guerra mundial. 

 São 11:59 da noite de quinta-feira de Ação de Graças em 2025. Enquanto os ciber-compradores internautas fazem enxame nos portais da Melhor Compra para se beneficiar dos grandes descontos da última novidade de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos chineses, os técnicos da Força Aérea Americana no Telescópio de Vigilância Espacial em Maui engasgam-se com o café quando os seus monitores panorâmicos se apagam subitamente. A milhares de quilômetros, no centro de operações do Ciber-Comando dos Estados Unidos, no Texas, os ciber-guerreiros depressa detectam binários maliciosos que, embora lançados anonimamente, mostram as distintas impressões digitais do Exército de Libertação de Pequim.


O programa Telescópio de Vigilância Espacial (SST) desenvolverá e demonstrará um sistema ótico com base na terra para detecção e rastreamento de objetos no espaço, fornecendo rapidamente informações com capacidade de pesquisa de larga área. A meta principal do programa SST é desenvolver a tecnologia de grandes sensores para antecipar no espaço profundo objetivos como detenção de asteróide e missões de defesa espaciais.Fonte: www.darpa.mil


 O primeiro ataque aberto é um ataque que ninguém previra. "Vírus" chineses apoderam-se do controle da robótica a bordo de um avião "Vulture" americano, de controle remoto, não tripulado, alimentado a energia solar, quando ele se encontra a 70 mil pés de altitude sobre o Estreito Tsushima entre a Coréia e o Japão. Este dispara subitamente toda a carga de mísseis transportada na sua enorme envergadura de 120 metros, enviando dezenas de mísseis letais que mergulham inofensivamente no Mar Amarelo, desarmando eficazmente essa arma formidável. 

 Decidido a combater o fogo com fogo, a Casa Branca autoriza um ataque de retaliação. Confiante em que o seu sistema satélite F-6 "Fractionated, Free-Flying" é impenetrável, os comandantes da Força Aérea na Califórnia transmitem códigos robóticos para a flotilha de aviões espaciais de controle remoto X-37B que se deslocam numa órbita a 400 km acima da Terra, ordenando-lhes que lancem os seus mísseis "Triple Terminator" contra os 35 satélites da China. Resposta zero. Quase em pânico, a Força Aérea lança o seu Falcon Hypersonic Cruise Vehicle para um arco a 160 km acima do Oceano Pacífico e, 20 minutos depois, envia os códigos de computador para disparar mísseis contra sete satélites chineses em órbitas vizinhas. Subitamente os códigos de lançamento deixam de estar operacionais. 

A interpretação de um artista do f-6 "Fractionated," sistema de satélite de trajetória livre, com componentes dispersados para maior elasticidade, agora em desenvolvimento pelo Departamento de Defesa de Estados Unidos.
Foto: tomdispatch.com


 À medida que os vírus chineses se alastram descontroladamente pela arquitetura dos satélites F-6, enquanto os super-computadores americanos de segunda categoria não conseguem decifrar o malicioso e complexo código do vírus, deixam de funcionar sinais de GPS vitais para a navegação dos navios e aviação americana em todo o mundo. Porta-aviões começam a andar em círculos no meio do Pacífico. Esquadrões de caças aterrizam. Mortíferos aviões de comando remoto voam sem rumo, despencando-se quando se esgota o combustível. Subitamente, os Estados Unidos perdem o que a Força Aérea americana há muito chamava "o supremo terreno elevado": o espaço. Em poucas horas, o poder militar que dominara o globo durante quase um século, foi derrotado na III Guerra Mundial sem uma única baixa humana. 

continuação...  Uma Nova Ordem Mundial?

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