China e Estados Unidos testaram armas modernas para derrubar seus próprios satélites espaciais numa exibição recíproca de poderio militar, segundo se colheu de notas confidenciais que vazaram esta semana à imprensa britânica através do portal de infiltrações WikiLeaks.
A corrida de armamento espacial entre as ambas potências nucleares se remonta a janeiro de 2007, quando a China destruiu com a ajuda de um míssil balístico um de seus satélites meteorológicos, informou o diário The Telegraph. Aquela ação, que deixou na órbita milhares de pedaços de carcaça espacial, suscitou receios de que Pequín pudesse ser capaz de abater também satélites militares e civis dos Estados Unidos.
Washington realizou um lançamento similar em fevereiro de 2008 derrubando com o foguete SM-3 um satélite espião supostamente avariado, de acordo com a versão oficial, para prevenir sua queda com um tanque cheio de combustível tóxico.
A China não acreditou nessa explicação, como demonstra por uma nota da embaixada americana em Pequín enviou a Washington no dia seguinte.
Teng Jianqun, subchefe do departamento chinês para o controle de armas e desarme, qualificou o lançamento estadunidense de “desnecessário” e “prova de que o sistema de defesa antimíssil dos Estados Unidos também é um sistema ofensivo”.
Um mês antes daquele lançamento, o primeiro desse tipo realizado a 23 anos pelos Estados Unidos, oficiais do Departamento de Estado americano advertiram a Pequín de que “a destruição de satélites põe as pessoas em perigo”, e que será interpretado por Washington como “violação dos seus direitos” e “escalada de crise ou conflito” qualquer “interferência deliberada com seus sistemas espaciais”.
Uma notícia mais recente, fechada em janeiro de 2010, revela que a China realizou com êxito o lançamento do míssil SC-19 para destruir outro foguete, o CSS-X-11, que se encontrava a uma altura de mais de 240 Km. O documento deixa claro que a atual secretária de Estado, Hillary Clinton, compartilha a preocupação da anterior Administração diante dos planos chineses e considera “válidas até agora” as objeções apresentadas em 2007 e 2008.
Fonte: http://sp.rian.ru/Defensa/20110204/148308354.html
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