Um ano atrás, a comunidade de jornalistas do The New York Times lançou um site cujo objetivo era fazer com que as pessoas compartilhassem suas histórias sobre a verdadeira Rússia. O site contém todos os tipos de materiais comprometedores, escândalos e outras coisas negativas que podem ou não existir na Rússia. Pode-se encontrar um pouco de notícia positiva sobre o site - sobre os norte-americanos que participaram no desfile da vitória na Praça Vermelha.
Esta é a imagem da Rússia que está sendo formada nos Estados Unidos. É assim que o país é visto por muitos americanos. Perguntada sobre quais as tecnologias que eles usam para criar uma imagem negativa da Federação Russa ou como a mídia cria a imagem da guerra no Afeganistão, por exemplo, Arkady Mamontov, bem conhecida jornalista russa compartilhou seus pensamentos sobre o assunto com o Pravda.Ru.
Pravda: "Quem é a Rússia realmente, que a mídia não tenta mostrar aos leitores e telespectadores americanos?"
Arkady Mamontov: "A Rússia real é você e eu. É o povo, que acorda de manhã cedo ou no final da manhã e vai trabalhar. É o povo que educa os filhos, que vai às igrejas ou mesquitas. Esta é a nossa Rússia - a Rússia real, o melhor e mais maravilhoso país do mundo e as pessoas que vivem aqui são as melhores e mais bonitas do mundo "..
Pravda: "Por que os americanos criam esse site sobre a verdadeira Rússia?"
Arkady Mamontov: "A história traz com o imperador Alexandre III, cujas palavras, que ele disse em uma sessão do Conselho de Estado o fez imortal. Disse na ocasião que a Rússia não tinha amigos e não tinha inimigos. O único aliado da Rússia e amigo é o seu exército e a sua marinha, disse ele.
"É por isso que não surpreende em nada, quando os cidadãos americanos, que se dizem jornalistas pegam a roupa suja e dizem que esta é a verdadeira Rússia. Para eles, somos como uma pedra no selim. Para eles, nós somos como um grande imenso país, que ainda pensa que a questão mais importante da existência humana é "Por que viver?" em vez de "Como viver?"
"É por isso que eles não gostam dos russos, não gostam da Rússia. Entendem que há muita riqueza aqui, uma grande quantidade de petróleo, água fresca e todos os tipos de depósitos minerais. Um país de população branca e seus filhos, os filhos daqueles russos, devem ser levados e se mudarem para a América, porque eles têm a homossexualidade e a pedofilia prosperando lá, infelizmente."
Pravda: "O que te faz pensar - levá-los embora e passar para a América para ter seus órgãos retirados?"
Arkady Mamontov: "Bem, inclusive isto também."
Pravda: "Como é, a verdadeira América?"
Arkady Mamontov: "Sei muito sobre a verdadeira América, eu já estive lá duas vezes. A primeira vez estudei lá durante um mês, e, em seguida, visitei-a novamente quando estáva filmando um filme de espiões lá. Eu sei que tipo de pessoa que os americanos são, que tipo de elite eles têm, e o que a liberdade americana realmente é. Não há nenhuma necessidade para mim dizer alguma coisa sobre eles, eu sei que são pessoas também. O povo americano não é ruim, na verdade. As pessoas em geral nunca podem ser ruins. "
Pravda: "Então isso significa que é tudo sobre a elite?"
Arkady Mamontov: "A elite que toma decisões e que lida com questões internacionais, que segue o desenvolvimento do seu país - essas pessoas odeiam a Rússia nós nunca vamos ser amigos deles. Eles tem filosofia diferente, e uma atitude diferente à vida Graças a Deus, nós somos... diferentes. Costumávamos ser chamados o império do mal, mas nós não somos o império do mal. Nós somos o império do bem, estamos semi-destruídos e semi-sufocados, mas continuamos a ser o império do bem e da fé. O verdadeiro império do mal é a América."
Pravda: "Que tipo de exército que eles têm lá?"
Arkady Mamontov: "Decidimos fazer um filme. Pegamos muitos arquivos de vídeo na rede, do que os soldados dos E.U.A. fizeram no Afeganistão, e nós fizemos o filme intitulado "O Afeganistão americano". O filme não foi lançado ainda. Nós acabamos de editar as imagens a partir da Internet e traduzir o que os soldados estavam dizendo lá. "
Pravda: "E o que eles estavam dizendo?"
Arkady Mamontov: "A cena um. Um grupo de crianças que não falam inglês, aproxima-se a um soldado americano, ele diz a elas: "Eu vou te ensinar Inglês". E então ele diz: "Eu sou um porco", e ele diz à criança: "Repeat". E a criança repete. "Aceita um doce, você é um burro, toma um doce", diz o soldado. Isto é sobre o que o soldado americano é. Isso não é o soldado soviético, que não se comportou assim. Esta é uma atitude completamente diferente. Esta é uma forma de desprezo anglo-saxão para o resto do mundo. fascismo branco."
Pravda: "Mas esses são vídeos privados."
Arkady Mamontov: "Eles são, mas eles caracterizam essas pessoas. O entendimento mental, a atitude de outras pessoas, para as nações, para homens, mulheres, crianças e assim por diante."
"Quando iamos à guerra no Afeganistão, recebiamos muitos e-mails de americanos que estavam reagindo ao que estava lendo sobre a versão em Inglês do Pravda.Ru. Muitos deles escreveram coisas como "não há nada mais precioso que a vida de um soldado americano."
"Não há nada mais precioso que a vida de um soldado russo."
"Nossos leitores de lingua inglêsa uma vez nos enviaram uma diretiva fechada para os jornalistas da CNN, em que descreveram os acontecimentos no Afeganistão. Foi afirmado lá claramente que as imagens de sangue e corpos mortos e edifícios demolidos não devem ser exibidas. Isso provavelmente poderia estar correto, mas as pessoas estavam nos escrevendo, dizendo que se tivesse havido uma destruição no Afeganistão teriam mostrado na TV. Queríamos saber quais canais que eles assistiram. Eles responderam que assistiram a CNN, mas a CNN não mostrava nada assim. Demos-lhes um conselho para assistir a fontes alternativas de notícias. Em resposta, recebemos o seguinte: "Eu observo as fontes alternativas - a BBC, mas eles não estão mostrando nada parecido com o que é. "Tudo está bem no Afeganistão"...
"Esta é uma máquina de propaganda. Mas nós estamos fazendo propaganda também. Se os tempos difíceis chegarem para o meu país a máquina de propaganda vai trabalhar ao máximo, se necessário. Na América, esta máquina está a trabalhar ao máximo. E está trabalhando de uma forma muito sofisticada e pensada. Mas uma cobra sempre morde a própria cauda, quando não há nada para comer. Hillary Clinton disse recentemente que os Russos que transmitiram para América deixaram os canais dos Estados Unidos para trás. Na Rússia, há ainda a noção de jornalismo - a alma. Há pouco do jornalismo, mas ainda resta. Eles não têm isso. Tudos o que eles têm é um negócio, profissionalismo e um monte de mentiras."
Inna Novikova
Vadim Trukhachev
Fonte: http://english.pravda.ru/russia/politics/14-04-2011/117572-usa_empire_evil-0/
Link original: http://www.pravda.ru/world/northamerica/usacanada/14-04-2011/1073535-usa-0/
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