O presidente da Abkházia, Serguei Bagapsh, afirma que no ritmo em que a Geórgia arma seu Exército levanta suspeitas que está preparando um novo ataque contra os seus antígos territorios, Abkházia e Ossétia do Sul.
"Levando em conta o rápido rearmamento da Geórgia com a ajuda do Ocidente, não descarto que esteja preparando uma nova agressão", declarou Bagapsh em entrevista a RIA Novosti.
Na sua opinião, o presidente georgiano, Mikaíl Saakashvili é imprevisível em suas ações. Ao referir-se à guerra de 2008, quando Saakashvili ordenou o ataque contra a Ossétia do Sul, o líder abkasio indicou que o presidente georgiano é "uma pessoa que não vai parar por aí".
Na véspera, Valeri Yaknovets, novo ministro de Defensa de outra antiga província georgiana, a Ossétia do Sul, informou em declarações ao diário Kommersant que recomendou ao serviço de segurança sul-osseta "não relaxar" e "preparar-se para repelir" uma nova agressão que ela não descarta enquanto Saakashvili governar a Geórgia.
O Exército georgiano atacou a Ossétia do Sul na noite de 7 a 8 de agosto de 2008 destruindo parte de sua capital, Tskinvali. A Rusia respondeu com o envio de tropas para proteger o seu contingente de paz estacionado na zona e também aos vizinhos locais, muitos deles de nacionalidade russa.
Os militares georgianos foram obrigados a recuar após cinco dias de hostilidades. Em agosto daquele ano, a Rússia reconheceu a soberania da Ossétia do Sul e da Abkházia, e mais tarde também a Nicarágua, a Venezuela e a República de Nauru reconheceram como países independentes as antigas provincias georgianas.
Fonte: http://sp.rian.ru/onlinenews/20100806/127393056.html
A Abkázia e a Ossétia do Sul são antigos territórios da Geórgia que se autoproclamaram independentes após a guerra russo-georgiana de 2008. São reconhecidas apenas pela Federação Russa, Nicarágua, Venezuela e Nauru. |
A Geórgia restabeleceu por completo seu potencial bélico desde a guerra de 2008 segundo um especialista.
Passados dois anos desde a guerra russo-georgiana em torno da Ossétia do Sul, o regime de Mikail Saakashvili restabeleceu por completo seu potencial militar, afirmou Igor Korotchenko, diretor do Centro russo para o análise do tráfico internacional de armas.
"É o resultado de que a comunidade internacional nunca aceitou a proposta russa de embargar o fornecimento de armas e equipamento militar à Geórgia", disse o especialista.
Acrescentou que a importação de armas permitiu à Georgia "suprir as perdas, restaurar as bases militares e demais infraestruturas, assim como aperfeiçar a instrução dos efetivos do Exército nacional".
O Governo georgiano recibeu grandes quantidades de armas totalmente grátis ou a preços de barganha, constatou Korotchenko ao ressaltar que "muitas transações ocorreram secretamente e não foram declaradas em lugar nenhum, em particular, no registro correspondente das Nações Unidas".
"Geórgia pode ser definida nos últimos anos como um buraco negro em termos de cooperação técnico-militar ", disse ele. Mesmo levando em conta os montantes declarados oficialmente que, de acordo com Korotchenko não excedem a 20-25% do volume real, a Geórgia se recuperou muito além do plano militar pré-guerra.
Fonte: http://sp.rian.ru/onlinenews/20100807/127398026.html
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